Wednesday, July 7, 2010

Voluntariado e loucura (Volunteering)

Quero fazer voluntariado. Quero dedicar meu tempo a algo que me é muito caro: saúde mental.
No Brasil existem dois modelos para o tratamento de doenças mentais: hospícios e os CAPS - Centros de Atenção Psicossocial. Nos hospícios, o paciente fica internado e isolado de qualquer convívio social, como se fosse um bicho raivoso. Nos CAPS, mesmo aqueles de caso mais sério voltam pra casa todo dia e gozam de atendimento humanizado com atividades que envolvem a comunidade local. Adivinha pra qual dos dois eu quero dar meu apoio?

Achei um paragrafo lindo sobre os CAPS num texto que explicava melhor sobre eles, da uma olhada:

"O compromisso destes serviços, e de cada um de nós, é de retirar a loucura do enclausuramento e do isolamento em que vive há tantos anos. Precisamos perceber que a "loucura" não está só no outro e que, à medida em que a negamos e a afastamos, excluímos do convívio social também as pessoas que dela sofrem. Deixamos de perceber suas particularidades e belezas. Deixamos de tratá-las como cidadãos também. Todos temos o direito de conquistar nossos desejos e de realizarmo-nos como pessoas."
(post inteiro aqui) Grifo meu.

Escrevi pra la perguntando sobre as possibilidades, espero que eles me deem um retorno positivo logo!

Monday, July 5, 2010

A metáfora perfeita

Compartilho um trecho de um texto que li no blog de um templo budista tibetano que tem aqui em Sao Paulo que fala sobre a importância do desapego ao ego. Achei a metáfora que eles usaram perfeita, não só para falar do tema em si mas também para - algo que não estava no texto - descrever o ataque de pânico que tive no ano passado. Se eu tentasse, não poderia ser mais precisa. É de arrepiar:

"Imagine que você olha para sua mão um dia e vê que ela está fechada em punho. Você sente que está segurando algo tão vital que não pode abrir a mão. Seu punho está fechado de um jeito tão apertado que sua mão dói. A dor na sua mão pulsa por todo o seu braço. Tensão se espalha por todo o seu corpo. Isso se dá por anos e anos. Você toma aspirina uma vez ou outra, ou toma um drinque, ou assiste TV, ou toma aulas de skydiving. A vida continua acontecendo e então, um dia, você se esquece de segurar e sua mão simplesmente se abre. Mas quando você olha, não há nada ali!"

Outra parte de que gostei muito foi:
"Por que nos prendemos ao nosso ego tão firmemente, quando a tensão de segurar é tão dolorosa? Pensamos que desistir desse pensamento de “eu” seria loucura. Pensamos que nossa vida depende dele. Mas na verdade, nos sentiríamos tão melhor e mais relaxados se apenas abríssemos mão. É uma situação capciosa. De um lado, a mente é completamente desperta e livre do ego. Isso é o que nós chamamos de “verdadeira natureza” da nossa mente. De outro lado, nós não vemos essa qualidade desperta sempre presente- nem mesmo sabemos que está ali."

O post inteiro está em:
http://blogsattva.wordpress.com/2010/07/04/dzogchen-ponlop-rinpoche/

Thursday, July 1, 2010

Trabalho x Prazer

Hoje alguém me disse que há o seguinte ditado: "numa certa idade, o trabalho dá prazer e o prazer dá trabalho".
Minha resposta foi: "na minha idade o ditado é ´o trabalho dá prazer e o prazer dá prazer e trabalho tambem é prazer e o prazer nunca é trabalho".

E tenho dito.